O núcleo de Gays e Lésbicas do Partido dos Trabalhadores nasce em 11 de junho de 1992. Pouco mais de uma década da fundação do Partido, a questão da homossexualidade começa a ser discutida, muito que timidamente, nas fileiras do Partido.
Mas o século muda e nossa luta continua. Não em um cenário que imaginávamos nos anos 1990. Há um paradoxo. O movimento se visibiliza, ganha espaço na sociedade, alguns direitos diante de nossa luta. Mas os setores conservadores e fundamentalistas também se colocam à vista.
Um fundamentalismo obscurantista ressurge e tenta intimidar a sociedade, se dizendo contrário às liberdades sexuais, aos direitos reprodutivos e de direito do próprio corpo. Neste enfrentamento o Setorial LGBTT do PT se depara na atualidade.
Dentro da redemocratização elegemos um presidente vindo do proletariado, também o sucedemos com uma mulher no poder máximo da nação, que convive a cada dia com as adversidades de manter a democracia, as liberdades e os direitos individuais e coletivos, diante de um setor social mais reacionário e conservador.
Aqui entra cada vez mais a importância de nosso setorial, dialogar com o partido para que compreenda cada vez mais a nossa diversidade e que esta não se contrapõe a qualquer outra liberdade. Que acima de tudo vivemos num estado laico, onde não cabe divergências de concepções religiosas ou de pensamentos para tolher qualquer outro direito.
Finalmente, em 6 de julho de 2017, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores aprovou resolução, criando a Secretaria Setorial Nacional LGBT do partido.
A Secretaria Setorial Municipal LGBT terá assento, com direito a voz, no Diretório Municipal e na Comissão Executiva de Ribeirão Preto.