Compromisso pelo Desenvolvimento visa tirar o Brasil da crise

/ Editor: José Alfredo | Agência Rede PT Ribeirão
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Compromisso pelo Desenvolvimento visa tirar o Brasil da crise

75 entidades assinam documento que tem 7 itens em pauta, mas acordo de leniência precisa ser aprovado no Congresso para a discussão avançar

Para tirar o Brasil da atual crise econômica, 75 entidades, entre associações de indústrias e comerciais, sindicatos de trabalhadores e centrais sindicais, assinaram o Compromisso pelo Desenvolvimento, em dezembro de 2015, lançado e apresentando no Fórum Nacional do Trabalho, criado pela presidenta Dilma Rousseff, com sete itens incluídos na pauta. Segundo o militante do PT de Ribeirão Preto, Caio Magri, dos sete itens da pauta, quatro são centrais.

 

Confira o vídeo de apresentação: Compromisso pelo Desenvolvimento

 

Esses quatro itens citados por Magri são: investimento a longo prazo para produtos de bens comuns, capital de giro imediato às empresas, destravar a construção civil para gerar empregos e combater a corrupção para mudar as empresas sem eliminá-las da cadeia produtiva. “Temos que aprovar as emendas do acordo de leniência que está em discussão no Congresso para melhorar esse compromisso e as empresas precisam voltar a trabalhar e gerar empregos, devolvendo o dinheiro que receberam de forma irregular, quando for esse o caso”, destaca ele.

 

O documento Compromisso pelo Desenvolvimento é o resultado de um processo de diálogos articulado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com representantes de trabalhadores, principalmente, e do setor empresarial. Chegou-se a uma pauta consensual possível, com sete itens, com metas de curto prazo para sair da crise e com sustentabilidade para a sequência, a longo prazo. “É preciso ter um avanço em questões econômicas, dissipando a crise política”, diz Magri.

 

Confira o documento: Compromisso pelo Desenvolvimento

 

Para esse avanço, no entanto, é preciso implementar as regras de acordos de leniência, aprovando a MP 713 no Congresso Nacional, que tem o deputado federal Paulo Teixeira como relator da comissão especial criada. Além da construção civil, com sérios problemas, as empresas petrolíferas sofrem o impacto de investigações da operação Lava Jato. Magri cita que os números da cadeia do petróleo e do gás, em 2000, era de 3% do PIB, enquanto em 2013 esse índice passou a 13%. “A participação dessa cadeia é estratégica no PIB brasileiro, mas está inerte”, comenta Magri.

 

Para Magri, o essencial é que essa situação seja resolvida até o final de maio. Paralelamente à discussão econômica, a situação política do País preocupa, com ameaças de impeachment da presidenta Dilma. “Se a classe trabalhadora for derrotada, será uma derrota mundial, impactaria em todo o mundo”, adverte ele. Por isso, Magri acredita que a participação da CUT é fundamental neste momento, com o uso de todos os seus recursos possíveis. E a própria mobilização de 18 de março, do PT e das forças da esquerda, em prol de Dilma e da democracia, será importante. “Precisamos dar uma resposta à altura, com mobilização consistente e propostas de diálogo, e isso cabe a nós, à esquerda”, destaca Magri.

 

O Compromisso pelo Desenvolvimento está em compasso de espera, aguardando uma definição. “A situação política precisa de um desfecho”, diz Magri, lembrando que a economia continua circulando e poucos estão ganhando muito, principalmente os bancos, cobrando juros exorbitantes. A travessia é complexa e talvez um novo pacto político seja necessário para superar a atual situação. “Como fazer isso? É difícil”, opina Magri.

 

Confira o vídeo de lançamento: Compromisso pelo Desenvolvimento

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