O ministro da Casa Civil, Rui Costa, diz que o Brasil vive duas situações distintas: o país real com bons índices de crescimento e de diminuição do desemprego e outro imaginário do capital especulativo. Este último, de acordo com ele, almeja “auferir lucros extraordinários” elevando artificialmente o preço do dólar.
Para o ministro, essa pressão que vem do mercado também tem conotações eleitorais.
“Como são dois cenários muito diferentes, passa-se uma ideia como se quisessem antecipar o cenário de 2026”, disse o ministro nesta quarta-feira (4) durante a reunião do Conselho Consultivo do Sistema Brasileiro de Inteligência (Consisbin), em Brasília.
“Parece-me muito mais uma atuação com perfil político, eleitoral, já que a vida real, os números reais, não correspondem a esse ataque especulativo que estamos sofrendo”, completou.
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Costa se refere aos números do PIB divulgados na última terça-feira (3), quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou alta de 0,9% no terceiro trimestre fechando ciclo de crescimento de 4% em um ano.
Dessa forma, o mercado financeiro, sempre pessimista, foi obrigado a revisar as projeções para o PIB de 2024, passando de 3% para 3,5%.
“Na vida real, a economia cresceu 3,2% no ano passado e vai crescer 3,5%. E também o menor desemprego da série histórica”, comentou Costa, referindo-se a taxa de desemprego do Brasil que atingiu 6,2% no trimestre encerrado em outubro.
Para ele, é um cenário extremamente positivo. “Mas do outro lado, temos um cenário imaginário, de especuladores, que não dá para compreender. De pessoas que colocam o desejo de auferir lucros extraordinários, tentando elevar artificialmente o preço do dólar”, criticou.
“Esperamos que, em pouco tempo, esses que fazem ataque especulativo passem, seja pelo prejuízo que vão ter, seja por convencimento, a acreditar em nosso país”, concluiu.
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