Emídio de Souza: Resposta do presidente estadual do PT/SP ao secretário nacional de formação política – Carlos Árabe

Lamentável sob todos os aspectos a entrevista do secretário de formação do DN, Carlos Henrique Árabe ao Estadão ontem. Não é a primeira vez que ele usa as páginas da grande mídia para debater as questões internas do PT.
Dessa vez foi ainda mais longe ao acusar a maioria (nós) de interditar o debate, evitar e adiar o Congresso e não querer renovar as direções. De quebra ainda semeia desconfiança contra os que geriram as nossas finanças no último período. A íntegra da entrevista pode ser vista aqui:
Agora aos fatos:
- A CNB foi primeira corrente a propor a antecipação do PED para renovar todas as direções, evidentemente por votação direta dos filiados como é nossa tradição, como manda nosso estatuto e como reafirmou o 5º Congresso de 2015 em Salvador.
- O DN em sua reunião de setembro aprovou por quase consenso (inclusive com apoio das correntes que integram o Muda PT) a renovação das direções e a realização do VI Congresso no 1º semestre de 2017 e remeteu ao próximo DN (8 e 9/11) as decisões pertinentes aos dois eventos.
- A investida contra a CNB, portanto nada mais é do que luta política rasteira através das mesmas páginas que atacam Lula e o PT diuturnamente e, por faltar com a verdade, deve receber amplo repudio.
- A CNB já reafirmou pública e reiteradamente por resolução e por seus membros no DN a necessidade de antecipar a renovação das direções e de fazer o VI Congresso com delegados eleitos na base após ampla discussão do temário.
- Reafirmamos a urgência de que o Congresso faça um amplo balanço do período histórico encerrado com o golpe inclusive com a autocrítica sobre erros que tenhamos cometido, debata com a profundidade os desafios que nos esperam e delibere sobre a necessária reorganização partidária e funcionamento das instâncias.
- A retomada e a reconstrução do nosso projeto de país passa pela busca da unidade da esquerda e do campo popular com destaque para as organizações e frentes que brotaram da luta contra o golpe e a agenda neoliberal do governo golpista, sem hegemonismo, mas reafirmando o caráter estratégico do PT.
- Para reconstruir o PT não podemos e não devemos abrir mão dos instrumentos de democracia interna cuja expressão máxima é o PED. A democracia interna e o nosso caráter de massas deve ser ainda mais reafirmado neste momento de crise. Isso é elemento constituidor do PT desde o seu nascedouro em aberta discordância em relação aos partidos da esquerda tradicional, seus métodos e práticas.
- Finalmente, reiteramos que apesar da relevância e urgência do debate interno, o centro da nossa tática neste momento deve ser a luta contra a agenda do governo usurpador de Temer especialmente te a PEC 241 e a mobilização em torno da nossa maior liderança, o presidente Lula, alvo de uma Caçada sem precedentes em nosso país.
Emídio de Souza – Presidente PT Estadual - SP

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