PT - meu partido político

foto: divulgação/Sincotrasp

PT - meu partido político

...”Os erros cometidos não são suficientes para apagar tudo que foi feito em nível de redenção de milhões de brasileiros. A minha Igreja Católica cometeu gravíssimos erros, sobretudo nos tempos da Inquisição, mas a sua história, ligada ao Cristo, foi maior e ela sobreviveu, mesmo com os erros mais recentes de alguns de seus pastores”...

Sou filiado ao Partido dos Trabalhadores, por Ribeirão Preto, faz muitos anos. Época em que tal filiação representava - quase - uma desonra, vez que se confundia reivindicações, greves, passeatas, como se tudo fosse uma apologia do comunismo, da desapropriação de terras, imóveis e invasão de contas bancárias.

 

Na verdade, era a imprensa que, na sua imensa maioria, então, como hoje, atrelada aos “senhores” da economia e do poder político, dava coloridos irreais, falsos, mentirosos mesmo, a tudo que o nascente Partido dos Trabalhadores, sob a liderança carismática do torneiro mecânico, Luiz Ignácio da Silva, depois LULA, conseguia realizar de forma pública.

 

A luta dos debaixo, quase que da “SENZALA”, frente aos de cima, “CASA GRANDE”, era um fato novo, à época da ditadura militar, luta essa que, comandada por um operário, não só surpreendia o país, como passava a arregimentar, continuadamente, artistas, filósofos, operários urbanos e do campo, classe estudantil e, timidamente, alguns poucos políticos e empresários.

 

O PT bradava e, por isso, apanhava dos órgãos de comando. Quanto mais apanhava, mais trazia para si pessoas de todos os naipes. Convencido, como advogado, como cidadão, como chefe de família, que o clamor do PT era o da verdade contida em cada um de nós, pedi minha filiação. Que foi aceita.

 

À medida que comuniquei, eu mesmo, à esposa, amigos e clientes, percebi que quatro empresas, de imediato, cancelaram a nossa assessoria jurídica (todas, anos depois, retornaram ao nosso escritório). Ser petista era quase que um “comedor de crianças”, “terrorista”, “invasor da propriedade privada” etc.

 

Valeu a pena e é motivo de intenso orgulho de minha parte. Gosto de falar que sou católico, petista, botafoguense, corintiano! Agora, nos três últimos anos constamos inúmeras irregularidades, graves, cometidas por pessoas que representam o Poder Político, Executivo e Legislativo, do nosso PT! Do meu PT!  Também vivenciamos decisões de comando administrativo com muita incompetência, sobretudo na gestão econômico-financeira da Nação. Do que decorreu inflação e, mais recentemente, questões pontuais de desemprego.

 

Foi a festa e o pão-de-ló da oposição, das classes privilegiadas e da imprensa.  Todos nós, petistas, sabemos que os erros estão sendo corrigidos, o que pode até levar algum tempo. As críticas que o presidente Lula recentemente fez, o processo apelidado de “Mensalão” com as condenações e a denominada - oficialmente - “Operação Lava Jato”, tudo tem concorrido para que só o PT, ou especialmente o PT, seja a “mãe de todos os pecados”. Daí porque amigos mais próximos, alguns clientes, constantemente indagam porque não saio do PT/Ribeirão Preto, como alguns outros cidadãos ilustres já fizeram.

 

A resposta é fácil. Não me desfilio do Partido dos Trabalhadores. Vejo nele, e em outras duas outras agremiações partidárias, o caminho da esperança de uma Pátria com menos desigualdades. Acredito nisso. Os erros cometidos não são suficientes para apagar tudo que foi feito em nível de redenção de milhões de brasileiros. A minha Igreja Católica cometeu gravíssimos erros, sobretudo nos tempos da Inquisição, mas a sua história, ligada ao Cristo, foi maior e ela sobreviveu, mesmo com os erros mais recentes de alguns de seus pastores.

 

Assim será com o meu PT, nosso PT. Temos um passado de lutas, de sofrimentos, mas, também, de grandes vitórias na redenção do Brasil, como nação e dos brasileiros como povo. Fico nele. Dentro dele ajudarei a combater os desacertos! E com imenso orgulho!

 

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Brasil P. P. Salomão - advogado Seja Companheiro, faça sua doação ao PT de Ribeirão Preto

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